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Resumo da Parashá Emor (Levítico 21:1 até 24:23)

A #Parashat Emor é a 31ª porção semanal da #Torah no ciclo anual judaico de leitura. Emor (אֱמוֹר) significa “disse” em hebraico e abrange o texto de #Levítico 21:1 até 24:23.

A Parashá Emor é a 31ª porção semanal da Torá no ciclo anual judaico de leitura. Emor (אֱמוֹר), que significa “disse” em hebraico, começa com leis que regulam o comportamento sacerdotal, trabalhando no Mishkan (Tabernáculo) e consumindo sacrifícios e comida sacerdotal. Essa porção descreve os feriados bíblicos da Páscoa, Shavuot, Rosh Hashaná, Yom Kippur e Sucot, e termina com uma história sobre um blasfemador e sua punição.

Leis para os sacerdotes.

O capítulo 21 de Levítico inicia a leitura da Parashá (Porção) Emor determinando leis e costumes para os sacerdotes de Israel. Eles não deveriam tocar em nenhum cadáver, a fim de que não ficassem impuros, exceto que fosse o cadáver de um parente próximo (cf. 21:1-4).

Eles também não deveriam rapar a cabeça, nem cortar as pontas da barba ou fazer cortes no corpo. Eles deveriam ser conscientes de que eram consagrados ao serviço divino, e por isso não poderiam desonrar a Deus (vs. 5-6).

Eles não poderiam se casar com uma mulher que se tornou impura ao prostituir-se nem com uma mulher divorciada. O povo também deveria considerá-los santos, porque eles é que apresentavam as ofertas a Deus (vs. 7-8).

Além disso, as filhas dos sacerdotes que cometessem a impureza da prostituição eram condenadas à morte (v. 9).

Somente o sumo sacerdote ungido é quem poderia usar as roupas sacerdotais. Ele não poderia se apresentar diante do povo descabelado ou com as roupas rasgadas em sinal de luto. Também não poderia em hipótese alguma profanar o santuário de Deus, pois o óleo da unção estava sobre ele (vide vs. 10-12).

O sumo sacerdote também só poderia se casar com uma mulher virgem. Não com uma viúva, divorciada ou que tivesse sido prostituta. Também só poderia se casar com uma mulher israelita, dessa forma ele não tornaria sua descendência impura (vs. 13-15).

Além disso, os descendentes de Aarão que tivessem algum defeito físico não poderiam apresentar uma oferta de comida a Deus ou se aproximar do altar (cf. vs. 16-23).

As ofertas oferecidas a Deus.

O capítulo 22 de Levítico abre dizendo que os sacerdotes deveriam tratar com respeito as ofertas que os filhos de Israel apresentavam ao SENHOR, pois dessa forma o Nome Dele não seria desonrado. Além disso, eles não poderiam oferecer nada impuro, do contrário, de alguma forma, seriam expulsos da presença do ETERNO (vide vs. 1-3).

Além disso, os descendentes de Aarão que tivessem uma doença contagiosa de pele ou corrimento no corpo não poderiam comer das ofertas sagradas até que se purificassem. Eles também ficariam cerimonialmente impuros se tivessem contato com algum cadáver, polução noturna ou outra emissão de espermas, ou se tocassem animal ou pessoa impura. Eles também deveriam se lavar antes de se apresentarem ao serviço sacerdotal novamente (vs. 4-7).

O sacerdote também ficaria impuro se comesse a carne de algum animal encontrado morto ou que tivesse sido morto por outro animal. Ou seja, há um meio certo de fazer o abate do animal para que ele seja considerado puro para o consumo sacerdotal (v. 8).

Os sacerdotes em especial deveriam ser íntegros no cumprimento das leis do ETERNO a fim de que não fosse encontrada culpa neles, nem que de alguma forma sofressem até a morte ao desrespeitarem os mandamentos divinos (v. 9).

As pessoas que não pertenciam à família sacerdotal não poderiam comer das ofertas sagradas, nem mesmo os visitantes de sua casa.

Mas os servos comprados com o dinheiro do sacerdote, ou aqueles nascidos em sua casa, poderiam comer. As filhas dos sacerdotes que se casassem com homem que não fosse de uma família sacerdotal também não poderiam mais comer dos alimentos provenientes das ofertas sagradas. Mas se ela se divorciasse ou ficasse viúva e retornasse para casa de seu pai, sem filhos, poderia comer (vs. 10-13).

Aqueles que comessem das ofertas por engano deveriam dar ao sacerdote o valor da oferta, acrescido de vinte por cento (v. 14).

Os vs. 15-16 ratificam o respeito que o sacerdote deveria ter para com as ofertas apresentadas pelos filhos de Israel, e deveriam evitar que eles fossem culpados de alguma forma por comer das ofertas sagradas.

Os vs. 18 até 25 descrevem que um estrangeiros que morasse em Israel poderia oferecer um animal em oferta ao ETERNO, porém deveria ser sem defeito. Este trecho conclui dizendo que nenhuma pessoa poderia oferecer a Deus um animal com os testículos feridos, esmagados ou cortados.

Na sequência, Deus afirma que quando nascesse um bezerro, cordeiro ou cabrito, deveria ficar sete dias com sua mãe, mas no oitavo dia já poderia ser apresentado como oferta. Também é dito que não deveriam ser sacrificados no mesmo dia um mãe animal junto com sua cria (vs. 27-28).

A maneira correta de servir a Deus.

No v. 29 de Levítico 22, Deus afirma que as ofertas apresentadas no altar deveriam ser feitas de modo que fossem aceitáveis. Ou seja, isso significa que existe um modo certo de servir ao ETERNO, e todos deveriam seguir as orientações divinas para apresentação das ofertas, pois Ele não aceita qualquer tipo (subjetivo) de adoração. Então, com isso, aprendemos uma lição muito importante: No momento de prestar nosso culto/serviço a Deus, fazemos do modo que Ele determinou em sua Santa Instrução, ou criamos nossos próprios métodos baseados em interpretações da nossa mente?

Neste ponto, vale lembrar o que Saul (Paulo) registrou na carta aos Romanos, no capítulo 9 e versículo 4: “São israelitas. A eles pertence a adoção, assim como a glória, as alianças, a promulgação da Lei, o culto e as promessas”…

Ou seja, o emissário (apóstolo) de Ieshua/Jesus está confirmando que Deus confiou ao povo de Israel a maneira certa de segui-lo (adoção), de glorificá-lo; confiou suas alianças, também o ensinamento de Sua Lei/Palavra (cf. Sl 147:19-20; Rm 3:1-2); confiou a eles também o culto, isto é, a maneira correta de servi-lo, como já mencionamos, além de fazer a eles promessas. E embora este povo tenha cometido falhas em seu passado, não foi o suficiente para Deus rejeitá-lo completamente, e isso o próprio chamado “apóstolo Paulo” afirma em Romanos 11:1-5.

Não obstante a tudo isso, ao longo da história, foram inventadas muitas interpretações religiosas, crenças, costumes e liturgias por teólogos que se desvincularam do povo de Israel, o povo bíblico, e criaram suas próprias doutrinas. Eles legaram ao mundo o desprezo pelo povo eleito e o abandono de diversos costumes e ordenanças da Lei divina. Além disso, usaram sua própria religião, baseada em novas interpretações bíblicas teológicas, como veículo para promover tal atitude. O mundo inteiro, até os dias de hoje, herdou os costumes de tais homens, que misturaram conceitos estranhos aos ensinamentos bíblicos, mas que hoje, de tão arraigados que ficaram na cultura dos povos, fazem as pessoas acreditarem que são as coisas certas.

E como dito, até hoje não poucas pessoas tentam seguir ao Deus vivo por meios religiosos fora dos padrões bíblicos originais, porque inconscientemente estão (em sua maioria) incorrendo no erro de seguir doutrinas e crenças teológicas divorciadas dos ensinamentos e instruções que o povo eleito recebeu da parte do próprio Deus. Mas a realidade bíblica é que os povos deveriam (deveríamos) se unir ao povo escolhido no serviço divino, basta ver textos como Efésios 2:11-13, por exemplo.

É claro que muitos seguem as religiões divorciadas do povo santo porque inocentemente julgam que estas apresentam as maneiras corretas de servir ao ETERNO. No entanto, lendo com atenção tais trechos bíblicos mencionados aqui, e ao se conscientizar dos fatos, para que lado nosso coração se voltará?

(Em outro momento adicionaremos o restante do resumo desta Porção da Torá).

Obra recomendada para leitura da Parashá Emor:

Torá: a lei de Moisés, por Meir Matzliah Melamed.

Sugestões de leituras diárias para a Parashá Emor (ciclo anual):

Sugestões de leituras diárias para o plano trienal.

Ano 1 (21:1-22:16):

Por Gabriel Filgueiras

Nascido em fevereiro de 1989, natural de Magé, RJ. Formado em teologia pela Faculdade da 2ª Igreja Batista de Rio das Ostras (RJ); estudante da Bíblia em seu contexto original judaico com a Comunidade Judaica Netzarim do Pará, sob orientação do professor de Torá e rosh (líder de comunidade) Yoná Sibekhay. Sou um monoteísta gentio em busca do conhecimento do Sagrado e Divino através das Sagradas Escrituras, a Bíblia Sagrada. Para mais informações, visite a página "Sobre" no Blog bibliaseensina.com.br.

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