Last updated on 26/05/2023
A Parashá Nasso é a 35ª porção semanal da Torá no ciclo anual judaico de leitura. Nasso, que significa “fazer um censo” em hebraico, é a porção mais longa da Torá, abre detalhando as responsabilidades dos levitas. Também descreve as leis de uma mulher suspeita de adultério (sotah), o nazireu e a bênção sacerdotal. A porção termina listando os presentes que os chefes das tribos trazem para o Mishkan (Tabernáculo).
Leitura da Parashá Nasso no 1º ano do ciclo trienal: Números 4:21-5:10.
Sugestões de leituras diárias:
- 2ª feira: Números 4:21-49.
- 3ª feira: Juízes 13:2-25 ou Josué 6:5-14. Obra sugerida para essas leituras: Tanah Completo, Hebraico-Português, Editora Sêfer
- 4ª feira: Marcos 1:38-45. Obra sugerida para essa leitura: Bíblia Judaica Completa, por David Stern.
- 5ª feira: Números 5:1-10.
- 6ª feira: Estudo bíblico para o Shabat (em construção por aqui).
- Sábado: Leitura de toda a Parashá Nasso, escritos dos profetas (haftará) e Escritos Nazarenos em comunidade.
Os trabalhadores da Tenda Sagrada.
Os gersonitas, que são relatados em Nm 4:21 até 28, eram um clã da tribo de Levi, e receberam trabalhos específicos para realizarem na Tenda do Encontro, como outros clãs receberam. Eles deveriam empacotar e transportar coisas específicas da Tenda, como as cortinas, a cobertura de dentro e a de couro que ficava em acima dela; também as cortinas da entrada e as do pátio, a armação da entrada. O trabalho era supervisionado por Aarão e seus filhos.
Já os meraritas, mencionados a partir do versículo 29 (deveriam ser contados os homens que tinham entre trinta e cinquenta anos de idade), deveriam transportar as tábuas da Tenda Sagrada, suas travessas, colunas e bases. Também as colunas do pátio ao redor, as suas bases, estacas e cordas, todo seu equipamento. Existia uma lista com o nome de tudo que deveria ser transportado (v. 32).
O censo dos coatitas também foi feito (vs. 34-35). O resultado deste censo foi de 2.750 homens.
Já o resultado do censo dos gersonitas foi de 2.630. Já dos meraritas foi de 3200 homens.
O v. 46 deste capítulo conclui a contagem dos levitas para o trabalho da Tenda Sagrada. Moisés e Aarão contaram todos os homens entre trinta e cinquenta anos de idade, ou seja todos os aptos para trabalhar, manusear e transportar tudo da Tenda do Encontro. O total deste censo foi de 8.580 homens, e a cada um foi dito o que deveria fazer e transportar.
Deus também te deu algo para “transportar”? Como tem sido o nosso empenho em cuidar das coisas que Deus responsabilizou a nós?
A pureza do acampamento e a multa por danos e prejuízos.
O capítulo 5 de Números abre dizendo que deveria ser tirado do acampamento israelita todo aquele que tivesse uma doença perigosa de pele, o que tivesse algum fluxo sanguíneo ou todo aquele que tivesse se contaminado por tocar numa pessoa morta. Eles deveriam ser tirados do acampamento para não contaminá-lo, porque Deus morava ali com os filhos de Israel.
Nos vs. 6-7, Deus descreve que se alguém pecasse causando mal a outra pessoa, seria o mesmo que pecar contra Ele, por isso seria considerado culpado. Quem praticou tal mal contra seu próximo, deveria confessar o pecado que cometeu e pagar para a pessoa defraudada o custo do mal que lhe causou, acrescido de uma quinta parte do seu valor.
Se a pessoa morresse, os parentes deveriam receber o pagamento. Mas se a vítima não tivesse parentes, o sacerdote deveria recebê-lo, como sendo dado a Deus. Além disso, quem cometeu o crime deveria levar ao sacerdote um carneiro para que se fizesse a cerimônia de purificação (v. 8).
O quanto temos pecado e não sentido remorso ou arrependimento pelos erros que cometemos? O quanto temos ferido ou prejudicado nossos semelhantes e feito pouco caso de restituí-los, ao menos para nos redimirmos um pouco do mal que lhe causamos?
O texto termina descrevendo que toda doação santa que os israelitas consagrassem e entregassem ao sacerdote, pertenceria ao sacerdote..
(Adicionaremos o restante do resumo acompanhando as leituras do ciclo trienal).
Obra sugerida para leitura da Parashá Nasso:
Torá: a lei de Moisés, por Meir Matzliah Melamed.
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