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Resumo da Parashá Terumá (Êxodo 25:1 até 27:19)

A Parashá Terumá é a décima nona porção semanal da Torá no ciclo anual judaico de leitura. Terumah, que significa “Doação” em hebraico, começa quando Deus diz a Moisés para coletar materiais doados para construir uma morada para Ele chamada Mishkan (Tabernáculo). Deus descreve como construir os vasos que encherão o Mishkan – incluindo a arca, a mesa, a menorá e o altar de sacrifício – bem como as paredes e cortinas. Ao todo, essa porção abrange Êxodo 25:1 até 27:19.

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As ofertas para o santuário.

O capítulo 25 de Êxodo começa descrevendo a vontade de Deus que fosse criado para Ele um tabernáculo móvel, que seria o símbolo da habitação Dele dentre seu povo (v. 8). O próprio povo deveria fornecer o material para o tabernáculo e construí-lo também.

Dos versículos 1-7 deste capítulo o próprio Deus lista para Moisés os materiais que seriam necessários para construir o Tabernáculo. Aqui vale ressaltar que Deus ordenou que lhe entregasse essas ofertas somente aqueles cujo coração fosse voluntário, ou seja, que tivesse alegria, disposição e boa vontade em fazê-lo. Assim deve ser a nossa contribuição para com a obra de Deus: voluntária, espontânea e alegre!

(Eu escrevi um estudo no blog Bíblia se Ensina baseado nesta passagem bíblica e descrevendo como deve ser a nossa contribuição para a obra de Deus).

Por fim, Deus ordena que toda a construção fosse realizada exatamente de acordo com o que Ele mostrou a Moisés! (v. 9) Isso é interessante, pois nos leva a refletir se temos servido a Deus exatamente do modo que Ele ordenou em sua Palavra, ou se temos criado métodos baseados em nossas opiniões, “achismos” e ego.

A arca da aliança.

Foto de réplica da arca da aliança, por HisWondrousWorks em Getty Images.
Foto de réplica da arca da aliança, por HisWondrousWorks em Getty Images.

Os vs. 10 a 22 de Êxodo 25 descrevem todo o formato da Arca da Aliança.

O resumo é que ela era feita de madeira de acácia e media aproximadamente 1 metro e 10 centímetros de comprimento, por setenta de largura e altura. Ela também era revestida de ouro puro por dentro e por fora, tendo uma moldura. Havia 4 argolas, 2 de cada lado da arca com varas compridas de um lado e do outro, também revestidas de ouro (cf. vs. 10-15).

Deus ordenou que dentro da arca fossem colocadas as tábuas com seus 10 pronunciamentos (ou mandamentos) (vs. 16,21). A arca também teria uma cobertura de ouro de 1 metro e 10 centímetros de comprimento por 70 centímetros de largura. Havia ainda um querubim em cada extremidade da arca, com as asas encostando uma na do outro (cf. vs. 16-20).

Seria acima da arca, dos querubins, que Deus se encontraria com Moisés e lhe daria instruções para os filhos de Israel (v. 22). Tamanha a importância deste artefato, que até hoje gera polêmicas, porque o próprio Deus se fazia presente ali.

Os vs. 23-30 descrevem alguns utensílios que seriam usados no serviço sacerdotal, como uma mesa e algumas louças.

Um livro de David Hatcher Childress aborda algumas informações históricas e arqueológicas sobre a arca da aliança.

A Menorá.

Já a partir do v. 31 de Êxodo 25 é descrito um dos itens mais populares como símbolo em Israel até os dias de hoje, que é a Menorá, chamada Candelabro.

Para se fazer ideia da importância deste símbolo para o judaísmo, existe uma réplica de ouro no centro da cidade de Jerusalém, a qual, dizem alguns, deve ser usada quando finalmente construírem o 3º templo.

A réplica da Menorá Dourada em exibição em Jerusalém. Esta é a menorá destinada ao uso em um planejado “Terceiro Templo” a ser construído. Tomado no bairro judeu de Jerusalém. Até 2007, esta Menorá foi exibida no Cardo. Agora está numa praça em frente ao Kotel.

Os vs. 31-40 de Êxodo 25 descrevem como Deus queria que fosse feita essa Menorá. Este trecho conclui com uma advertência Divina para que Moisés tomasse o devido cuidado de fazer tudo de acordo com o que Ele estava ordenando. Isso é interessante porque, mais uma vez, nos leva a refletir se estamos agindo assim, de acordo com a vontade de Deus prescrita em sua palavra, em nossa caminhada com Ele.

Veja um estudo mais completo com os incríveis significados da Menorá neste vídeo do Canal Teshuvá Total:

A construção do Tabernáculo Sagrado (Mishkan).

O capítulo 26 de Êxodo começará a descrever como deveria ser feita a Tenda Sagrada onde Deus seria servido pelos sacerdotes de Israel. Ali dentro ficaria a arca da aliança e todos os demais utensílios do serviço ao único Deus vivo e verdadeiro.

Os vs. 1-6 dão a descrição de como deveriam ser feitas as cortinas. Os vs. 7-14 descrevem a cobertura da tenda. Já os vs. 15-29 descrevem as armações de madeira que sustentariam a tenda. E finalmente, no v. 30, Deus relembra a Moisés que fizesse tudo isso de acordo com o modelo que a ele foi mostrado no monte.

Agora, os vs. 31-34 descrevem como deveria ser a cortina que separaria o lugar santíssimo da Tenda. Ali por trás dessas cortinas ficaria a arca da aliança. Os vs. 35-37 descrevem onde se localizariam a mesa e a Menorá (candelabro) dentro da Tenda, bem como a cortina que ficaria na entrada.

Hoje em dia, muitas projeções da Tenda foram criadas. Aqui, não poderíamos deixar de mostrar uma imagem ilustrativa de como ela seria.

O altar.

Êxodo 27 abre descrevendo o altar dos sacrifícios. Ele é descrito dos versículos 1 até 8. Ele era quadrado, feito com madeira de acácia, tinha cerca de 2,25 metros de cada lado, e 1,35 metros de altura. As quatro pontas tinham formato de chifre e era revestido de bronze. Também eram de bronze todos os utensílios e ferramentas usados nele. O altar também tinha varas para seu transporte.

Finalmente, Êxodo 27 conclui a Parashá Terumá descrevendo o pátio do Tabernáculo, dos vs. 9-19. Imagens falarão melhor do que palavras agora.

A Editora Sêfer publicou uma obra magna que descreve tanto a Tenda Sagrada quanto o templo de Jerusalém, repleto de imagens ilustrativas da mais alta qualidade.

O Templo Sagrado de Jerusalém, por Yisrael Ariel.

O templo sagrado de Jerusalém, Editora Sefer.

Obra recomendada para leitura da Parashá Terumá:

Torá: a lei de Moisés, por Meir Matzliah Melamed.

Leituras diárias sugeridas para a Parashá Terumá:

Por Gabriel Filgueiras

Nascido em fevereiro de 1989, natural de Magé, RJ. Formado em teologia pela Faculdade da 2ª Igreja Batista de Rio das Ostras (RJ); estudante da Bíblia em seu contexto original judaico com a Comunidade Judaica Netzarim do Pará, sob orientação do professor de Torá e rosh (líder de comunidade) Yoná Sibekhay. Sou um monoteísta gentio em busca do conhecimento do Sagrado e Divino através das Sagradas Escrituras, a Bíblia Sagrada. Para mais informações, visite a página "Sobre" no Blog bibliaseensina.com.br.

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