Em Deuteronômio 23:8-9 aprendemos o cuidado de Deus para com os estrangeiros. Os israelitas não deveriam odiar os edomitas, que eram os descendentes do irmão de Jacó, nem os egípcios, pois, até certo ponto, os egípcios no passado foram hospitaleiros com Israel no país deles.
Além disso, aprendemos também que um estrangeiro não era obrigado a se tornar judeu ou israelita. Perante Israel, os edomitas continuariam sendo edomitas, e os egípcios continuariam sendo egípcios. Cada nação ou povo tem suas próprias características, assim como Israel as suas, recebidas do próprio Deus e outras vindas da tradição do povo, com base em acontecimentos de sua história.
Todas as nações, porém, e obviamente , deveriam ser praticantes de princípios divinos de moral, justiça e integridade, conforme Deus transmitiu ao patriarca que deu origem a todas as nações da Terra, em Gênesis 9.
Já nos versículos 10 a 15 de Deuteronômio 23, aprendemos a simples lição de que Deus anda no meio de seu povo; o Eterno está próximo de todos aqueles que o temem. Por isso Ele gosta de ambientes limpos e de pessoas limpas, ordenando que estás tenham bons costumes de higiene pessoal e que mantenham limpo o local em que vivem.
Nos versículos 16 e 17 Deus ornena aos israelitas não agir com mais tratos para com aqueles que estivessem fugindo de seus senhores, provavelmente por sofrerem mais tratos. Isso nos ensina o quanto devemos ser hospitaleiros e acolher pessoas em necessidade.
Os versículos 18 e 19 revelam que, entre as nações, havia o costume de pessoas venderem seus corpos em cultos a deuses, eram os prostitutos sagrados. Deus deixa claro que isso não deveria se repetir em Israel e que tal imoralidade sexual é uma abominação para Ele.
Os versículos 20-21 nos ensinam uma lição contra a ganância e de compaixão; porque, e quantos os israelitas emprestassem dinheiro uns aos outros, não deveriam exigir juros de seus compatriotas, mas só dos estrangeiros (aqui está outra lição de que Deus não exige a conversão obrigatória do estrangeiro para que se torne judeu/israelita).
Os versículos 22-24 dizem respeito à seriedade que temos que tratar os votos que fazemos a Deus, devendo cumpri-los. Além disso, frisa que se não fizermos voto algum nos abatemos de pecar, caso façamos e não cumpramos. Estás palavras ecoam nos ensinamentos do Livro do Orador (Ec) 5:1-5 e, nos Escritos Nazarenos, Matias (Mt) 5:33-37.
Os versículos 25 e 26 desta parashat nos dão ao menos duas lições: que o dono de uma plantação deveria ter compaixão dos famintos, permitindo-os que comessem em sua plantação, e o bom senso dos que estavam ali comendo, porque deveriam ter o cuidado de comer só o que lhes bastasse para aquele momento, não levando nada consigo, pois neste caso já seria um roubo.
O capítulo 24 de Deuteronômio é introduzido com leis a respeito do divórcio (vs. 1-4). Neste caso, entre outros motivos, Deus permitiu ao homem repudiar legalmente sua mulher para a preservação da integridade e da vida da própria mulher, afim de que não sofresse mais tratos da parte do homem. Estás palavras ecoam outras lições em Malaquias 2:13-16 (ler na BDJ e na BHSefer) e Marcos 10:1-12.
Adiante, o texto de Deuteronômio 24 ensina ainda o direito dos recém casados de não irem imediatamente para a guerra, mas o homem deveria ficar em casa de licença, por 1 ano, alegrando a esposa com quem se casou (v. 5).
O v. 6 ensina que devemos ter compaixão até mesmo das pessoas que nos devem algum valor, não tomando como penhor da dívida seus instrumentos de trabalho, de onde tira seu sustento para sobrevivência. Ensinamentos adicionais são ditos nos vs. 10-13.
O v. 7 ordena a pena de morte para sequestradores.
Os vs. 8-9 ordenamento aos israelitas praticarem o que Deus transmitiu aos sacerdotes em relação ao tratamento da doença de pele, chamada “lepra” nas bíblias comuns.
Outras leituras bíblicas relacionadas à Parashat Ki Teitzei:
Leituras dos profetas para essa porção:
- Isaías 54:1-10 ou
- Jeremias 33:1-11.
Leituras sugeridas dos Escritos Nazarenos:
- Matias 5:27-37.
- Lucas 6:1-5.
- Marcos 10:1-12.